Ensaios

Alyne e Léo

Uma vez alguém me disse que “o amor é fácil”. Aquilo ficou na minha cabeça por anos girando e, eu, que tive a vida quase toda traçada em um roteiro escrito Marc Webb, como em “500 dias com ela”, ora sendo o Tom, ora sendo a Summer nunca concordei muito com esse conceito de amor e facilidade. O tempo passou e eu definitivamente entendi que o amor não é fácil, porque ele envolve renúncia. E isso só pertence aos corajosos em viver! O amor não precisa de grandes narrativas; ao contrário, já não representa mais uma época que pra ser visto era preciso de grandes tragédias Shakespearianas, ou monumentos para enaltecer esse sentimento como a ode de amor do Príncipe Kurram à princesa Mumtaz que mandou construir um mausoléu após sua morte ainda jovem e que é conhecido como Taj Mahal, uma das maravilhas do mundo. O amor se encontra nas micronarrativas cotidianas e para entender o porquê dele não é fácil, é preciso se perceber que ele é vivido nas câmaras do dia a dia. É vivido no quarto, na sala, no “quem vai lavar a louça do jantar hoje?”, e nas privacidades dos espaços diários. Pra viver isso é preciso coragem e desejo!
E é esse o sentimento que vejo quando olho para vocês dois: uma força que circunda os espaços que habitam em volta de vocês, que parece como uma dança. Um enlace. Que a coragem e o desejo estejam em seus dias para viver nessa câmara chamada cotidiano, e que ele seja cheio de amor e de entrega. A vocês: o melhor dos dias.